sábado, 28 de julho de 2012

sobre o infinito




"Lá pode ter um novo amor pra eu viver, 
Quem sabe uma nova dor pra eu sentir?"
Fresno, Infinito



Quem mesmo vale nosso TUDO? E será que, mesmo assim, vale? E o que vale nosso extremo esforço, nosso esgotamento de tentativas, nosso melhor? Quem?

E a gente tenta ser uma pessoa melhor, tenta se adaptar ao melhor, tenta fazer nascer de nós o melhor. Que melhor? Pra quem? E de repente, a gente passa a viver tentando agradar, tentando envolver, tentando as magias do mundo para arrancar sorrisos, palavras... promessas?

Quem vale nosso tudo? Quem não merece nada? Quado vamos parar? E eu já tentei cansar, já tentei me irritar, já tentei me decepcionar, mas tudo parece irrelevante perto da sensação gelada que toma conta de mim quando respiro o mesmo ar que você.

E você chora, e dói. Eu também lembro. E finjo, que não me afeta, indiferente, tanto faz. E dói calar, dizer que, não sofro. E dói não dizer adeus, quando o que preciso são seus dedos entrelaçados aos meus, sentir sua respiração, sua boca, seu melhor.

E não mereço seu melhor? E quem me tornei pra te pedir tanto? E quando disse que você já está na minha vida? E quando me transformei em sua? E você, sem querer, se torna. E dá se melhor, seu maior esforço, sem notar.

E parar para pensar, 2 minutos, é o bastante para entender que não sabemos nem se vale a pena. E sempre temos um novo amor pra viver, 'uma nova dor pra sentir'. E quem vai entender? E de que razão estamos falando?

Tudo tem seu tempo. Me desconheço. E você vai entender um dia.

"Tudo pode estar lá, e eu aqui."

Nenhum comentário:

Postar um comentário