domingo, 29 de julho de 2012

sobre relacionamentos especiais,

É como se fosse um conhecido. Um daqueles que você conhece no meio de tantas outras pessoas, mas que fica. Permanece, como se a afinidade se encontrasse nos 10 primeiros minutos de conversa. E ri, conta besteiras, conta histórias, conta realidades, fala inglês. E conquista, simples.


É como se fosse um ficante. Daqueles que você gosta de ver sempre, gosta de abraçar sempre, gosta de beijar, gosta de respirar fundo e suspirar. Daqueles que você precisa ver todas as vezes que volta, que é imprescindível entrar êxtase, que é inevitável não desejar. E faz, simples.


É como um amigo. Você conversa, confia, conta tudo. Não tem segredos, não tem frescuras, não tem meias palavras. E vocês conversam por horas, sobre tudo, sobre outras, sobre outros, sobre futuro e passado, sobre ser, sobre voltar ou ficar por aqui. Amigo pra mandar tomar remédio pra dizer que já chega de beber, que precisa de juízo. Amigo, dos melhores.

É como um irmãozinho. Que você está longe, que não pode acompanhar a rotina, que não pode sair junto, estar junto, rir junto. Mas que, mesmo longe, sabe de tudo, toda hora, quer saber. A preocupação, as discussões, o amor fraterno. E cuida, sempre.

É como um namorado. Você tem ciumes, quer exclusividade, respeito. Anda de mãos dadas, cinema no shopping, barzinho, despedida. Necessário ver todas as vezes que, possível. Que dói deixar, que dói ferir, que dói estar longe. Que você reza para os dias passarem rápido pra você poder beijar, jurar amor, fidelidade. Amor, te amo.

É como um amantezinho. Fazer coisas inusitadas, nos lugares mais estranhos, nos momentos mais impróprios. Fugir, se entregar, esquecer do mundo e viver aquilo. Inovar, experimentar, compartilhar o universo de possibilidades que é o mundo. Se esconder, achar na adrenalina a graça da vida. Na internet, na rua, na praça, num jogo de futebol, no cinema. A graça de se divertir no que parece proibido. Entrar no mundo psicodélico, tentar, rir. Foi bom pra você?

É como tudo isso, junto, numa pessoa só. Única.

Sinto sua falta todos os dias em que sangro.

That's all folks!

Nenis,

sábado, 28 de julho de 2012

sobre o infinito




"Lá pode ter um novo amor pra eu viver, 
Quem sabe uma nova dor pra eu sentir?"
Fresno, Infinito



Quem mesmo vale nosso TUDO? E será que, mesmo assim, vale? E o que vale nosso extremo esforço, nosso esgotamento de tentativas, nosso melhor? Quem?

E a gente tenta ser uma pessoa melhor, tenta se adaptar ao melhor, tenta fazer nascer de nós o melhor. Que melhor? Pra quem? E de repente, a gente passa a viver tentando agradar, tentando envolver, tentando as magias do mundo para arrancar sorrisos, palavras... promessas?

Quem vale nosso tudo? Quem não merece nada? Quado vamos parar? E eu já tentei cansar, já tentei me irritar, já tentei me decepcionar, mas tudo parece irrelevante perto da sensação gelada que toma conta de mim quando respiro o mesmo ar que você.

E você chora, e dói. Eu também lembro. E finjo, que não me afeta, indiferente, tanto faz. E dói calar, dizer que, não sofro. E dói não dizer adeus, quando o que preciso são seus dedos entrelaçados aos meus, sentir sua respiração, sua boca, seu melhor.

E não mereço seu melhor? E quem me tornei pra te pedir tanto? E quando disse que você já está na minha vida? E quando me transformei em sua? E você, sem querer, se torna. E dá se melhor, seu maior esforço, sem notar.

E parar para pensar, 2 minutos, é o bastante para entender que não sabemos nem se vale a pena. E sempre temos um novo amor pra viver, 'uma nova dor pra sentir'. E quem vai entender? E de que razão estamos falando?

Tudo tem seu tempo. Me desconheço. E você vai entender um dia.

"Tudo pode estar lá, e eu aqui."