segunda-feira, 22 de outubro de 2012

sobre o bem que a tristeza me faz,

Quando as relações já não têm o mesmo sentido. Quando o que era não é mais, quando as pessoas já não suportam mais os defeitos uma das outras. Quando chegamos ao ponto de enojar coisas que, antes, nos eram tão incríveis.

Cansar. De um sentimento, de alguém.  Se exaustar de um dia para o outro, estar sujeito a não amar mais. Afinal, de onde vem o amor? E pra onde ele vai quando deixa de existir? Quando você se vê desgastado de tanto tentar. E quem disse que preciso?

Hoje eu quis ser triste. Hoje eu quis escrever ao som de melodias dedilhadas que apertam meu coração, me trazem lágrimas e um pouco de dor. Eu não quero ser feliz , não hoje. Eu não preciso. Então, por que o mundo obriga a gente a ser feliz?

E se eu me cansar das mesmas histórias, das mesmas pessoas, das mesmas perguntas, das mesmas brincadeiras, e se eu não quiser mais sorrir? E se eu quiser escrever na escuridão e falar sobre a força que me traz pra baixo?

E porque falar sempre do sol, se é a chuva que embala meu sono?

Quando você só não quer falar, porque sabe que se começar, vai falar demais. Vai ser sincero demais, vai opinar demais. Daí você guarda, daí você transborda em lágrimas, daí você engole e continua digerindo a dor.

Simplesmente por não mais querer ser feliz. E viver, as vezes, parece pouco atrativo. E se não se pode fazer nada, por que então?

E se as multidões perderam sentido, se a mesquinharia nunca te atraiu, se sempre foi consideração e não amizade? E por que, me diz, por que devo amar sempre tudo?

Por que não posso amar só aquilo pelo qual sinto amor?

E o que tem demais em ser normal? E o que é normal?

E se eu não quiser tentar? E por que não posso me enjoar?

E quando foi que cravei cicatrizes em você, só por te amar?

Quando dei por mim estava falando da minha vida, dos meus problemas e das minhas icógnitas. Quando dei por mim estava falando do que não sei dizer, do que me tornei. Não sei porque, não sei ao certo, não sei das flores.

Só sei que hoje não quero sorrir. E chorar vai me fazer mais feliz.


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

sobre ter que te deixar,

O querer muito e não poder ter. O desenhar histórias imaginárias com a mente só pelo prazer de viver uma fantasia que te traga instantes de felicidade evasiva. 

O chorar por, sem poder chorar com. O medo de se envolver tanto e perder. Perder fácil, como quem vai fácil. E confiar pouco, porque serão nossos amigos os primeiros a nos machucarem. 

E não entender como, e só sentir, que já se depende de algo que nem reconhecemos, e absorver tristezas espelhadas em conceitos de quem, até ontem, era desconhecido. 

E ser triste, se a tristeza já lhe é rotina e já nem dói tanto assim. E tentar ser melhor, quando se usa um parâmetro unilateral como base. E subir, degrau por degrau, rasgando antigas ideias, antigos conceitos. 

Assumindo o difícil papel do saber e aceitando que a felicidade plena é uma privilégio dos medíocres e que, como me disseram certa vez, a ignorância é benção. 

E crendo que o amor nada mais é do que palavra pra soar bonita nos versos e nas canções. E, assim, se impede de amar. Porque prefere amar amigos do que viver a vida atrás de um sentimento que ninguém sabe ao certo o que é.

E, eu sei, que vocês vão embora um dia. Da minha vida, da minha rotina, da minha memória. E vai doer, de saber que já conheci pessoas que valem a pena. 

Ninguém muda. Ou talvez, mude. E me perdoa se eu sumir, desaparecer. Meu extremo bem-estar ao seu lado me faz sofrer um pouco. 

Não quero cair de novo. E se cair, as vezes só vai doer. A ausência dos melhores sorrisos, dos melhores conselhos, das melhores palavras. 

E eu não quero perdê-los, mesmo que precise. Me precaver de sofrer me traz a dor por antecipação. E escolher entre sofrer e sofrer menos não me parece justo. 

Esteja comigo, em pensamento, que poderei sorrir. 

E lembrar que talvez eu tenha encontrado a felicidade nas tristes palavras do seu sorriso. 

Me deixa ir,

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

sobre te perder,


"Não leve a mal, 
se tudo que eu posso fazer 
é de longe observar você, 
saindo da minha vida"
Não leve a mal,  Fresno

O gosto de lágrimas que existem sem sentido aparente, sem base, sem fatos. O gosto de lágrimas que escorrem pela certeza de que temos que entender que nem todo amor é recíproco, nem toda confiança é sólida, nem toda amizade é pra ser.

E a dor de pensar que já era essencial, rotina, risada, intimidade, assim, tão rápido, como se as almas tivessem se encontrado e se intitulado irmãs, por serem tão compatíveis.
E a dor de sentir que a ausência vai fazer com que tudo volte a ser como era, já que não era pra ser. E, mesmo com a eterna incerteza do que foi dito, somos tão ligados que sei que algo foi dito e, desculpa a tempestade, mas eu jamais falaria de um irmão.

E dói, mesmo sendo compreensível que você não pensa como eu. Que não precisa pensar, ou sentir, ou agir tal qual. E me desculpa por achar que, em tão pouco tempo eu poderia ser tão especial quanto você era pra mim, a ponto de merecer, ao menos, respeito.

E desculpa o auê, mas a dor que sinto tem o tamanho do nosso grau de fraternidade... pra mim. 

E por mais que não tenha sido dessa forma, com essas consoantes e vogais, sabemos que foi. Porque, eu sei, que a paixão supera a amizade e que ela tá na sua vida a mais tempo. 

No fundo, desculpa cobrar de você, aquilo que sou eu. Alguém capaz de, em tão pouco tempo, ter a certeza de que você seria alguém pra levar pra vida toda. E eu vou levar.

De longe, de perto, não tem como, você sempre vai existir.

E eu sempre vou poder dizer que conheci uma grande pessoa. 

E se hoje chorei por saber que o perdi, algo me diz que era pra ser assim. Desculpa entrar na sua vida, bagunçar tudo e cobrar de você a transparência que você não tem o dever de ter comigo.

E pra te dar menos problemas, não leve a mal, me despeço da sua rotina a tempo de você não notar que um dia, pude atrapalhar o que sente, o que gosta de sentir e de quem acha que te faz bem.

Eu te amo.


terça-feira, 11 de setembro de 2012

sobre fazer amigos,




"eu sei que vai doer. quando você deixar de passar a noite conversando comigo pra sair com a sua namorada. quando te ver lacrimejar por causa de uma palavra que ela disse. vai doer quando você dizer que ela é uma das mulheres da sua vida. quando você não fizer mais piadas idiotas porque tem que parecer mais sério na frente dela. quando, dos dez assuntos que falarmos, nove tiverem o nome dela. quando, um dia, ela te machucar e você sofrer tanto que nem minhas cócegas puderem te fazer sorrir. eu sei que vai doer um pouco quando ela não gostar muito de que a gente converse e você, inconscientemente, deixar de falar comigo com frequência. eu sei, que não vai ser muito legal te ver dividindo com ela os sorrisos que eram nossos. que vou me morrer de ciume quando seu abraço mais sincero não for mais o meu e, cara, eu nem a conheço! eu sei que vou ficar chateada e triste e, provavelmente, nos afastemos. e, quem sabe, um tempo depois, voltemos a nos falar. e, quem sabe, não sejamos mais os mesmos. e, quem sabe se nos lembraremos de tudo. e, com um sorriso tímido, de quem se reencontra, nos cumprimentemos, diremos 'quanto tempo!' e seguiremos caminhos contrários. e eu sei que vai doer. mesmo assim, não consigo não fazer amigos. não consigo não amar meus amigos. não consigo não uidar deles, mesmo sabendo de todo o desfecho e de como vai doer. não consigo não fazê-los sorrir, não consigo não aconselhá-los, não consigo não estar sempre presente, não consigo não sentir ciúmes. eu sei que vai doer, mas também sei que os amo de verdade. como irmãos.





e não importa o que pensem, eu sempre pensarei primeiro neles."





segunda-feira, 3 de setembro de 2012

quando a luz encontra o som,

Unfair.

Injusto com quem sonha, dia após dia. Injusto com quem respira a música, os acordes, as melodias. Injusto com quem sonha com aquilo que produz e naquilo no qual se espelha a cada refrão, a cada momento de inspiração, a cada nova canção.

E dói, como quem perde a chance de mostrar a arte aos criadores, e espalhar o amor em forma de canção. Porque nada é maior do que o que sentimos quando tudo o que cantamos é amor.

E, nas mãos de quem é incapaz de perceber o talento por trás do mérito, somos jogados a própria sorte, cientes da nossa capacidade de sermos merecedores de estar lá.

E dói, a cada música, a cada lembrança de que, não podendo ser melhores que nosso máximo, demos nosso melhor e, cientes disso, nos permitimos sonhar mais alto e sofrer por não estarmos lá, por termos chegado tão perto, por termos superado à nós mesmos, por temos sido impecáveis sendo apenas quem somos.

E, por mais que doa, e por mais que seja difícil de aceitar, e por mais que sejamos tomados por tristezas enormes, nossa união jamais nos deixará cair. Porque sabemos que somos maiores que nossos obstáculos e que, para nós, o melhor ainda está por vir.

Porque não existe vitória sem derrota, porque não existe valor sem luta e porque não existe realização sem união.

Hoje, o que eu não quero lembrar é que faltou pouco, mas não existe nada que nos faça parar de alimentar o sonho que pulsa nas nossas veias e que alimenta nossa vontade de sermos sempre muito bons no que fazemos. 

Porque eu sei que somos os melhores e sonharmos juntos faz a diferença.

É aí onde o amor se torna vivo.


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

sobre grandes dores,

Forte como sorrisos que nascem das sombras, das cinzas, do nada. Forte como a ferida que se cicatriza, como a lágrima que seca, forte como dizer não.


Eu caminho levando comigo as cicatrizes de quem pouco viveu e se entregou a dor. E que sangra, sem motivo, sem se esconder, rasgando tudo aquilo que parece me fazer sofrer.


Caminho longo, de poucas palavras. E vá, já não preciso mais da sua presença pra respirar. Então vai, pra poder provar à mim mesma que não importa quão baixo seja meu pouso, eu vou estar sempre mais alta que você.

E você pode machucar, pode ferir com espadas de prata o coração em que mora. E nunca vai saber que eu sofri, que eu vivi, que eu sempre disse. Sobre você.

E já não tenho mais nada a perder. Colocando cinzas em pedaços de papéis com nossas histórias, com nossas palavras. E mais uma história de amor machucada, mais uma dor, mais um corte.

Recompor, novamente, uma história que já não é nossa. E não importa o que faça, eu vou estar forte.

Como ousa deixar uma vida que não era só sua? Como ousa olhar pra mim como se eu fosse menos, como se eu não fosse nada?

E essa distância que a gente impôs, que a gente acha que é melhor pra não doer? E por mais longe que esteja, porque ainda é tão real, porque ainda dói tanto?

E porque parece sofrer tão pouco? E o que ela te fez pra te fazer tão feliz? E quando foi que nos perdemos?

Injusto. Eu sofrer por um amor que eu lutei. Injusto sofrer sozinha por um sonho que construímos juntos. E o que você quer dizer com liberdade?

E, se for pra ser feliz sem você, que seja agora. Porque o que sempre vai doer mais, não é o fato de você ter ido. São as lembranças boas que ficam, são as histórias, são os sorrisos, são os planos, o começo de tudo. É lembrar de você aqui e ver que tudo acabou, como uma frase, como um texto, como um romance.

E me deixa sonhar, o mais alto que puder. Porque mesmo que eu corra o risco de cair, só assim vou poder estar mais próxima das nuvens.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

sobre pessoas sombra

Vai entender as pessoas. Vai entender qual é o parâmetro que elas usam pra falar as coisas.
Tem gente que ganha a vida sendo 'hatter'. Reclama, critica, cutuca, ironiza. Gente que não consegue brilhar por si mesmo, gente pequena. 

Funciona assim. Ele não gosta de você, por algum motivo desconhecido. Sim, porque pra esse tipo de gente todo motivo já é um motivo. A roupa que você veste, o sorriso que você dá, a quantidade de pessoas ao seu redor, a música que você escuta, o jeito que você canta. Isso incomoda os pequenos. Incomoda quando você faz o que parecia impossível e ele fica como  'o que não tentou'. 


E ele precisa destilar esse ódio de você por ai. Ele precisa ironizar pra se sentir superior, pra aumentar substancialmente um ego que já não existe dentro dele. Esse ódio sem motivo, essa inveja de não se sabe o que, corrói ele mesmo quando se depara com o infinito de possibilidades que te cerca.


Daí, ele precisa aparecer. Precisar criticar, precisa ser pejorativo. Porque dai, ele consegue atenção. E sim, no fundo, tudo o que ele quer é atenção. Os hatters nada mais são do que pessoas pequenas carentes de atenção. E, no fundo, eles me dão pena.

Gritam, fazem escândalos, são mal educados, e pouco são levados à sério. Eles precisam da sua carona pra serem notados. Daí, tentam ser engraçadinhos, donos da risada, donos da ironia, donos do "pela fé".

O pior é que essas pessoas estão em todos os lugares e, cabe a você, se acostumar. E se você, como eu, dá a cara a tapa, fala mesmo, acha mesmo, não olha mesmo, ignora mesmo, e deixa claro de que "seu santo não bateu", você vai acabar se acostumando em encontrar pessoas assim.

Dessas que esperam você sair do refeitório para 'falar mal de você' pra algum amigo em comum, algo como 'essa menininha insuportável'. Algo como quando você tem 15 anos, mesmo tendo pra lá dos 21. É que tem gente que não amadurece. Gente que cresceu numa bolha, achando que o mundo tá nos convites pras festas que elas ganham, ou não pessoas influentes que elas conhecem.

E elas esquecem de ser os donos das festas, de ser as pessoas influentes. Pessoas sombra. De baixa idade mental, de pouca relevância. Seres humanos dignos de pena diante de tanta mediocridade. Pessoas pouco instruídas, de pouca visão, com pouca coisa pra fazer.

Gente pequena, mesmo grande. Gente mulherzinha. Gente panaca, gente palhaça, gente paspalha.
Gente que não merece o seu e o meu ibope.

Deixa falar. Afinal, é como dizem: 

"Ninguem inveja o feio, nem odeia o fraco".



domingo, 29 de julho de 2012

sobre relacionamentos especiais,

É como se fosse um conhecido. Um daqueles que você conhece no meio de tantas outras pessoas, mas que fica. Permanece, como se a afinidade se encontrasse nos 10 primeiros minutos de conversa. E ri, conta besteiras, conta histórias, conta realidades, fala inglês. E conquista, simples.


É como se fosse um ficante. Daqueles que você gosta de ver sempre, gosta de abraçar sempre, gosta de beijar, gosta de respirar fundo e suspirar. Daqueles que você precisa ver todas as vezes que volta, que é imprescindível entrar êxtase, que é inevitável não desejar. E faz, simples.


É como um amigo. Você conversa, confia, conta tudo. Não tem segredos, não tem frescuras, não tem meias palavras. E vocês conversam por horas, sobre tudo, sobre outras, sobre outros, sobre futuro e passado, sobre ser, sobre voltar ou ficar por aqui. Amigo pra mandar tomar remédio pra dizer que já chega de beber, que precisa de juízo. Amigo, dos melhores.

É como um irmãozinho. Que você está longe, que não pode acompanhar a rotina, que não pode sair junto, estar junto, rir junto. Mas que, mesmo longe, sabe de tudo, toda hora, quer saber. A preocupação, as discussões, o amor fraterno. E cuida, sempre.

É como um namorado. Você tem ciumes, quer exclusividade, respeito. Anda de mãos dadas, cinema no shopping, barzinho, despedida. Necessário ver todas as vezes que, possível. Que dói deixar, que dói ferir, que dói estar longe. Que você reza para os dias passarem rápido pra você poder beijar, jurar amor, fidelidade. Amor, te amo.

É como um amantezinho. Fazer coisas inusitadas, nos lugares mais estranhos, nos momentos mais impróprios. Fugir, se entregar, esquecer do mundo e viver aquilo. Inovar, experimentar, compartilhar o universo de possibilidades que é o mundo. Se esconder, achar na adrenalina a graça da vida. Na internet, na rua, na praça, num jogo de futebol, no cinema. A graça de se divertir no que parece proibido. Entrar no mundo psicodélico, tentar, rir. Foi bom pra você?

É como tudo isso, junto, numa pessoa só. Única.

Sinto sua falta todos os dias em que sangro.

That's all folks!

Nenis,

sábado, 28 de julho de 2012

sobre o infinito




"Lá pode ter um novo amor pra eu viver, 
Quem sabe uma nova dor pra eu sentir?"
Fresno, Infinito



Quem mesmo vale nosso TUDO? E será que, mesmo assim, vale? E o que vale nosso extremo esforço, nosso esgotamento de tentativas, nosso melhor? Quem?

E a gente tenta ser uma pessoa melhor, tenta se adaptar ao melhor, tenta fazer nascer de nós o melhor. Que melhor? Pra quem? E de repente, a gente passa a viver tentando agradar, tentando envolver, tentando as magias do mundo para arrancar sorrisos, palavras... promessas?

Quem vale nosso tudo? Quem não merece nada? Quado vamos parar? E eu já tentei cansar, já tentei me irritar, já tentei me decepcionar, mas tudo parece irrelevante perto da sensação gelada que toma conta de mim quando respiro o mesmo ar que você.

E você chora, e dói. Eu também lembro. E finjo, que não me afeta, indiferente, tanto faz. E dói calar, dizer que, não sofro. E dói não dizer adeus, quando o que preciso são seus dedos entrelaçados aos meus, sentir sua respiração, sua boca, seu melhor.

E não mereço seu melhor? E quem me tornei pra te pedir tanto? E quando disse que você já está na minha vida? E quando me transformei em sua? E você, sem querer, se torna. E dá se melhor, seu maior esforço, sem notar.

E parar para pensar, 2 minutos, é o bastante para entender que não sabemos nem se vale a pena. E sempre temos um novo amor pra viver, 'uma nova dor pra sentir'. E quem vai entender? E de que razão estamos falando?

Tudo tem seu tempo. Me desconheço. E você vai entender um dia.

"Tudo pode estar lá, e eu aqui."

segunda-feira, 11 de junho de 2012

de gente vazia,

Gente idiota. Simples assim. Gente tosca que só fala porcaria, discute porcaria, valoriza porcaria e me causa náuseas. O mundo se acabando e cada vez mais gente se agrupando pra discutir coisas vazias, que giram em torno de um mundo de minorias e reclamando, cada vez mais, de coisas pequenas.

Eu me irrito com gente idiota. E sei, conscientemente, que todos somos um pouco (em algum momento), idiotas. Mas, não da pra fazer disso uma condição de vida. Falsa humildade, olhares superiores, discursos evasivos, ganância.

E você para pra escutar 5 minutos de fala em que não se aproveitam 4 (...) e meio, talvez. 
E você tem vontade de abrir com os próprios dedos os olhos dessa minoria patética. Que precisa de 'nome forte' pra subir. Que frequenta camarote e esbanja vodka 'russa'. Que faz graça com o carro da mãe, que parcela roupa 'cara' em 6 vezes no cartão, só pra mostrar a etiqueta.

Gente que 'rouba' 5 mil pra 'tirar onda'. Gente perdida, e a culpa é de quem?

Só queria  entender a graça de se incluir. A graça de nunca ser levado a sério. A graça de ser um  (otário, zé bct) poço de inutilidade.

Gente pequena, metida a grande, me dá enjoos constantes. E eles estão por todas as partes, de salto alto ou sapatilha, de nike ou adidas, de Dulce Gabanna ou Ferrari. Gente fútil me tira do sério.

Na boa, foi só um desabafo.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

quem sabe,


As vezes só dói. A saudade, o ego, a indiferença. Dói, amarga a boca, derrama sobre o rosto a água salgada de quem, nunca, entende o porque.

As vezes dá o nó na garganta, o estranhamento, o 'não sei ao certo'. As vezes da vontade de voltar, pedir pra descer, fechar os olhos e fazer com que tudo ao nosso redor se transforme em passado, em espelho, em 'cama quentinha e chocolate'.

As vezes só dói e nem sei ao certo. Porque não liga, porque não ligo, porque já nem ligo mais. Ou porque deixei de ligar, algum dia, pra onde sempre mantive os olhos.

Dói pensar que tudo é relativo, que tudo é passageiro, que tudo pode simplesmente 'não existir mais'. Ou deixar de existir. Como quem sente fome, come e passa. E sente fome de novo, e come, e passa. Esse ciclo constante de sensações inconstantes que te faz sentir e ressentir e sentir de novo.

E passa. Sempre passa. Rápido, devagar, se esvai. E tudo são lembranças, e lembra? De quando éramos dois, éramos nós, amigos, melhores amigos, namorados? E pra onde? E onde? Como e quando?

E pergunta, e ecoa, e as vezes, só dói.

'Quem sabe o que é ter sem querer pra si'.

sexta-feira, 9 de março de 2012

sem amor eu sei que eu não teria,

As vezes só dói. E eu nem entendo porque. Só queria não machucar você. Só queria ser grata por cada instante ao seu lado. Só queria ainda ser o que era quando te conheci. Mas hoje eu acordei assim. Hoje eu acordei menos eu ontem. Acordei com a outra perna, tive um sonho e agi. Te machuquei, me feri e nem sei se ai valer a pena deixar tudo assim.

As vezes só dói. Lembrar dos sorrisos e das lágrimas. Lembrar das noites em que implorei pra você ficar. E de como durmo só hoje. Lembrar de como doeu me despedir e de como você ainda vive em mim. Lembrar como quero que você não sofra, por achar que não merece alguém inconstante como eu.

Queria ter certeza. Certeza de que amanhã vou sentir, vou amar, vou conseguir, vou ir, não vou me atrasar. Queria não sangrar. Queria equilibrar a vontade de crescer com a vontade de crescer junto. Medo de raízes. Medo de escolhas perenes. Medo de caminhar junto.

Queria poder sofrer sozinha. E não sei te responder quando me pergunta confuso, o que aconteceu. Não sei em que ponto, não sei ao certo o que, não sei quando. Aconteceu. E esse egoísmo do que acontece em mim me transtorna. Porque sei que és único. E que minha memória vai castigar meus atos e me fazer pensar, dia após dia, em quem me fez só bem.

E não meço o tamanho das dores, que são nossas e ninguém pode medir. E não sei responder por mim. Só me resta ser óbvia e me desculpar. Talvez por desperdiçar seu tempo. E agradecer, por cada 'fucking' segundo ao meu lado. Agradecer por cada palavra, por cada ação, pelo amadurecimento extremo que você provocou em mim. E pela relação mais madura que pude ter. Pelo equilíbrio, por ceder, pela pouca confiança que, de certa forma, me fez melhor.

E por quebrar os ciclos, desejo te ter. Em memória, todos os dias, rezar por ti. Pelo sucesso que sei que terás e por paciência. Te desejo tempo pra curar as feridas e pra poder me perdoar por ser tão inconstante. E quando puder me perdoar, desejo te ver. Olhar nos seus olhos e ver. Não sei ao certo o que, mas ver nos seus olhos.

Não sei do futuro, sei o que quero hoje. E hoje quer andar só e machucar a mim mesma. E seu perdão, um dia. E, se ainda puder pedir alguma coisa, te peço paz. Paz pra ir curando aos pouquinhos. Paz, porque merecemos. Sem conflitos, sem polêmicas, te peço paz. Pelo tamanho do que vivemos, pela intensidade do que foi dito. Merecemos paz.

E como dito certa vez, não te transformei em texto. Peguei as frases mais bonitas que pude pra te dizer 3 palavras. Perdão, Paz e Obrigada.

Do adeus que não falei, eu sou o fruto das minhas falhas.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

de escolhas, conselhos e moedas



A grande mania de sofrer por antecipação. A mania quase que insuportável de sofrer por uma escolha. Estar na bifurcação, escolher um caminho, um lado, uma saída. Sem saber do que pode ou não acontecer, do que você pode ou não perder. A irritante mania de sofrer por antecipação.

E assim, você pisca, e o ano passa. E você ganha um aniversário a mais, um ano de faculdade a menos, um ano a menos para se apoiar nos estudos e não no trabalho, um ano a mais pra deixar de se preocupar com coisas que sempre te preocuparam e descobrir que crescer dói mais que ser ignorada pelo seu melhor amigo.

E você olha para os dois lados, e pergunta, e questiona e pede conselhos, e escuta sim e não, escuta vai, não vai, escuta vai ser bom, escuta vai fazer a pior coisa da sua vida. E acaba no mesmo lugar, tendo que decidir sozinha e arcar com o que vier depois...sozinha.

E você vai passar a vida escolhendo, arriscando, caindo e aprendendo. E só vai saber, se tentar. Ninguém se destacou acomodando-se com o que se tinha, o que lhe era certo. Os acertos são arriscados, assim como os erros. E, por um caminho ou por outro, o que é pra ser nosso, é nosso, está guardado e temos que ir buscar.

Atirei uma moeda pra cima e fechei os olhos. Caminhei na direção que o vento soprava. Quem sabe ele não continua a meu favor? Se não continuar, vai ser um pouco mais difícil, vai me exigir um pouco mais de esforço, talvez demore mais, mas no final, tudo que é meu, me espera.

Atirei uma moeda, apontei pra uma direção e estou caminhando. Daqui dois, três anos, serão novas escolhas, novas bifurcações, novas dores antecipadas. E quando for a hora de partir, vai doer como doeu na chegada. Vai ser assustador como chegar em uma cidade em que você não conhece ninguém. Mais difícil que conhecer pessoas novas é deixá-las. E serão novas dores, novas lágrimas.

Não sei onde estarei daqui há 3 anos. Não sei se estou fazendo a escolha certa. Não sei se vou conseguir terminar esse texto. Não sei se vou acordar. E quem é que sabe?

Não da pra parar de caminhar. Feche os olhos, atire uma moeda para cima, ande. Direita ou esquerda, o que tiver que ser seu será.

Só não pare de caminhar. Nunca.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

as vezes eu queria ser menos,


Quando você não sabe como agir. Quando tudo parece confuso, você quer mudar de compartamento e não consegue. Não consegue não se importar, não ligar, não se abalar. Quando você não consegue não se isolar, mesmo que tente, arduamente, se introsar.

Quando alguma coisa muda, quando novas coisas te irritam, quando você percebe que o problema está em você e é muito mais dificil de mudar ai. Quando você não é igual aos outros, quando você não consegue sorrir quando não está feliz, quando você tenta não odiar as pessoas, e, mesmo assim, elas te irritam de uma maneira aguda, de um jeito que te machuca como um nó na garganta.

E você não sabe como é dificil. Não sabe como dói doer. Não sabe como e dificil ser diferente. Quando você quer mudar, quer ser apática, quer ser melhor. E não consegue. Não consegue não julgar erros, não consegue não passar por cima dos erros, não consegue transformar situações em pequenos casos.

E dói mais uma vez, e machuca denovo. Quando é amargo, quando é pesado, quando é impossível.

Quando você vê que já não sabe lidar e parece que é impossível não estar com. Quando você tenta se afastar pra não machucar as pessoas e ninguém te entende. E você não entende as pessoas.

Quando você só quer tempo pra pensar, tempo pra se acostumar, tempo pra tentar mudar essa sensação horrível que é ser.

Tempo pra deixar de se importar,
Tempo pra não lembrar mais,
Tempo pra não me incomodar,
Tempo pra não doer mais,
Tempo.