segunda-feira, 27 de agosto de 2012

sobre grandes dores,

Forte como sorrisos que nascem das sombras, das cinzas, do nada. Forte como a ferida que se cicatriza, como a lágrima que seca, forte como dizer não.


Eu caminho levando comigo as cicatrizes de quem pouco viveu e se entregou a dor. E que sangra, sem motivo, sem se esconder, rasgando tudo aquilo que parece me fazer sofrer.


Caminho longo, de poucas palavras. E vá, já não preciso mais da sua presença pra respirar. Então vai, pra poder provar à mim mesma que não importa quão baixo seja meu pouso, eu vou estar sempre mais alta que você.

E você pode machucar, pode ferir com espadas de prata o coração em que mora. E nunca vai saber que eu sofri, que eu vivi, que eu sempre disse. Sobre você.

E já não tenho mais nada a perder. Colocando cinzas em pedaços de papéis com nossas histórias, com nossas palavras. E mais uma história de amor machucada, mais uma dor, mais um corte.

Recompor, novamente, uma história que já não é nossa. E não importa o que faça, eu vou estar forte.

Como ousa deixar uma vida que não era só sua? Como ousa olhar pra mim como se eu fosse menos, como se eu não fosse nada?

E essa distância que a gente impôs, que a gente acha que é melhor pra não doer? E por mais longe que esteja, porque ainda é tão real, porque ainda dói tanto?

E porque parece sofrer tão pouco? E o que ela te fez pra te fazer tão feliz? E quando foi que nos perdemos?

Injusto. Eu sofrer por um amor que eu lutei. Injusto sofrer sozinha por um sonho que construímos juntos. E o que você quer dizer com liberdade?

E, se for pra ser feliz sem você, que seja agora. Porque o que sempre vai doer mais, não é o fato de você ter ido. São as lembranças boas que ficam, são as histórias, são os sorrisos, são os planos, o começo de tudo. É lembrar de você aqui e ver que tudo acabou, como uma frase, como um texto, como um romance.

E me deixa sonhar, o mais alto que puder. Porque mesmo que eu corra o risco de cair, só assim vou poder estar mais próxima das nuvens.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

sobre pessoas sombra

Vai entender as pessoas. Vai entender qual é o parâmetro que elas usam pra falar as coisas.
Tem gente que ganha a vida sendo 'hatter'. Reclama, critica, cutuca, ironiza. Gente que não consegue brilhar por si mesmo, gente pequena. 

Funciona assim. Ele não gosta de você, por algum motivo desconhecido. Sim, porque pra esse tipo de gente todo motivo já é um motivo. A roupa que você veste, o sorriso que você dá, a quantidade de pessoas ao seu redor, a música que você escuta, o jeito que você canta. Isso incomoda os pequenos. Incomoda quando você faz o que parecia impossível e ele fica como  'o que não tentou'. 


E ele precisa destilar esse ódio de você por ai. Ele precisa ironizar pra se sentir superior, pra aumentar substancialmente um ego que já não existe dentro dele. Esse ódio sem motivo, essa inveja de não se sabe o que, corrói ele mesmo quando se depara com o infinito de possibilidades que te cerca.


Daí, ele precisa aparecer. Precisar criticar, precisa ser pejorativo. Porque dai, ele consegue atenção. E sim, no fundo, tudo o que ele quer é atenção. Os hatters nada mais são do que pessoas pequenas carentes de atenção. E, no fundo, eles me dão pena.

Gritam, fazem escândalos, são mal educados, e pouco são levados à sério. Eles precisam da sua carona pra serem notados. Daí, tentam ser engraçadinhos, donos da risada, donos da ironia, donos do "pela fé".

O pior é que essas pessoas estão em todos os lugares e, cabe a você, se acostumar. E se você, como eu, dá a cara a tapa, fala mesmo, acha mesmo, não olha mesmo, ignora mesmo, e deixa claro de que "seu santo não bateu", você vai acabar se acostumando em encontrar pessoas assim.

Dessas que esperam você sair do refeitório para 'falar mal de você' pra algum amigo em comum, algo como 'essa menininha insuportável'. Algo como quando você tem 15 anos, mesmo tendo pra lá dos 21. É que tem gente que não amadurece. Gente que cresceu numa bolha, achando que o mundo tá nos convites pras festas que elas ganham, ou não pessoas influentes que elas conhecem.

E elas esquecem de ser os donos das festas, de ser as pessoas influentes. Pessoas sombra. De baixa idade mental, de pouca relevância. Seres humanos dignos de pena diante de tanta mediocridade. Pessoas pouco instruídas, de pouca visão, com pouca coisa pra fazer.

Gente pequena, mesmo grande. Gente mulherzinha. Gente panaca, gente palhaça, gente paspalha.
Gente que não merece o seu e o meu ibope.

Deixa falar. Afinal, é como dizem: 

"Ninguem inveja o feio, nem odeia o fraco".