segunda-feira, 17 de outubro de 2011

sobre parar com as boas e más,


Tirei pessoas da minha vida. Na verdade, deixei de dar à elas a importância que eu achei que mereciam. E assim, a ausência delas passou a não me incomodar mais. Porque sim, acredito que pessoas são substituíveis. Alguém que é capaz de ir sem fazer com que sua ausência seja lembrada simplesmente é substituível. Passei a fase de agradar todo mundo e, como dizem, 'inverti as prioridades'. Não se importa? Bem, eu também não. Quem se vai com facilidade é descartável. Amigo que é amigo fica. E quem não vale a pena, simplesmente não vale.


Parei de me incomodar. Parei de ligar pra bobagens e pra pessoas pequenas. Ignorei as grandes também. Seu tamanho não era proporcional à reciprocidade da nossa consideração. Sempre fui ‘amiga’ demais. Presente, ligando, dando o máximo de si pelo outro. Meus amigos eram meus irmãos. Parei.

Parei de chamar de irmão quem me chamava de ‘ela’. Parei de querer fazer rir quem só me tinha palavras de desconforto quando eu mais precisava. Parei de querer sempre bem, de colocar sempre em frente de tudo, de me desdobrar pra estar presente. Parei.

E quem sobrou foram as pessoas boas. Não que eu as divida entre más e boas, mas as boas o suficiente pra não me arrepender de amá-las. Um, duas ou três. Poucas e boas pessoas. Poucas e melhores pessoas.


Parei, e pare você também. Vai ver como ao seu redor tudo vai ficar mais vazio e muito mais valioso.


Tirei pessoas da minha vida. E não me arrependo nem um pouco.

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