segunda-feira, 2 de agosto de 2010

de relacionamentos virtuais,


Você conhece alguém. Divide conversas, risadas, gostos. Uma pessoa que que tem um sotaque lindo, que curte um time duvidoso, que te faz rir, que não te reconhece e te faz entrar no cinema pela simples vontade de permanecer mais tempo na sua companhia.


Vocês conversam, trocam experiências, beijos, vontades. Falam de passado, situações, coincidências. Vocês se aquecem, se abraçam, se completam por instantes que deveriam nunca ter fim. Vocês vivem aquele momento, aquele instante, sem pensar ou lembrar de quem são, do que vivem, de onde são.


De repente, fica tarde e o relógio te lembra quem você é e pra onde precisa ir. E sem qualquer garantia a noite termina ali. E vocês fazem promessas, como confiar em quem você nem conhece? Olhos nos olhos, quem disse que ia durar ? Mais um envolvimento descartável, mais uma criança, mais um pra lembrar.


Teoricamente teria que ser assim, mais não é. Não é mais apenas outra noite com mais alguém. E na tentativa vã de não se apegar, você se esquiva e foge daquilo que tem tanta vontade de ter junto a si. Quer esquecer de onde veio, pra onde tem que ir e quem deixou pra trás. Ai você se pergunta, porque não posso ter alguem assim, perto de mim?


Você tenta acreditar que não vai se esquecer, e que ele também não vai. Tenta. E o tempo ao lado dele voa, e de repente, ele é só um contato no seu msn. E você está longe, de novo. E lembra dos beijos, lembra dos olhos, lembra da idade. Lembra, deseja, sofre.


Podia ser diferente, mais geralmente não é. Mesmo sendo você assim, tão diferente dos outros.

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