quinta-feira, 17 de março de 2011

de melodias em mim,


O que todos procuramos ao voltar. Voltar pra onde? Você evita construir vínculos, na tentativa egoísta de não sentir saudades NUNCA. Mas, na prática, isso não acontece. A cada instante a mais, desde que você abre os olhos, você está em contato com milhões de pessoas, milhões de outras histórias, milhões de outros pontos de vista. Você sorri, sem motivo, sem qualquer motivo. E se despede, com vontade de ficar. Você volta pra um mundo que somente VOCÊ administra. Dorme a hora que quer, come o que cozinhar, vai pra onde quiser, isso SE o dinheiro der. E você acha que cresceu, acha que é livre, acha. Você só quer andar acompanhada e afirma, à todo instante, que não precisa disso. Mas, na verdade, você sabe que procura, a cada novo olhar, a cada palavra. E só você sabe o quanto é difícil enxergar que, na verdade, você tá procurando ele em alguém. E por isso, tá tão dificil de achar? Me liga, me chama pra jantar, ir ao cinema, ou que seja, tomar um sorvete. Lembra de mim, nem que seja um minuto do seu dia, quando não estiver pensando em nada. Se me dissessem, há três anos atrás, que você iria embora, eu não acreditaria. Eu teria a certeza de que todos estariam enganados, afinal, você disse que estaria ao meu lado SEMPRE. Que engraçado, eles estavam certos, mas, mesmo assim, o tempo não passou pra nós. E não é que você se foi mesmo? E não é que só o que deixou foi seu adeus fixados nos meus olhos? E não é que, o tempo passou pra nós? E hoje, não é mesmo que não sofro mais? Não sofro? Desejo, desejo com toda força que você possa estar aqui. Do mesmo jeito que se foi, do mesmo jeito que já foi um dia, com o mesmo sentimento, sem os erros, sem os outros. Se me dissessem, há três anos atrás, que você me deixaria, eu riria deles. Afinal, você me prometeu. E, por falar em saudade, onde anda você mesmo? E aqueles planos, mal construídos em cima de areia? Onde estão todos os sonhos? Ainda posso ouvir o riso que ecoou na noite em que falamos de nós mesmo. Nossa, tanto tempo aqui e eu falando de você. Esse texto tinha outra função, mas acabou chegando em você? Alguém vai dizer: deve ser porque ele não sai de você. E eu digo: deve ser porque nada jamais sai de mim. Sou um acumulo de sensações, um acumulo de desejos, um acumulo de vontades, um acumulo de histórias, um acúmulo de vocês. Porque no fim, todos somos. Entre CPM22, Pink, John Mayer, Tiê, Maria Gadú, Capital Inicial. Todos vocês ainda estão em mim. Eu deveria saber que 'pra sempre' não é nada.

Aliás, prefiro que sejamos nada. Dizem que NADA dura para SEMPRE.

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