quinta-feira, 3 de março de 2011

estágio,


A intenção inicial é matar as saudades. É chegar e reencontrar os amigos, as cenas familiares, a família. E poder abraçar e sentir o cheiro de costume, de rotina, de infância. A intenção é realmente essa. Daí, você sai, muda de rotina por um mês e tudo muda, tudo se transforma, todo o rumo das coisas se esvai. E você tem uma nova visão.

Tem novos amigos, novos rostos conhecidos, novos sorrisos. Você conhece novas pessoas, que te fazem mudar de opinião, que jogam seus conceitos irredutíveis na parede, que te contradizem, te desafiam e, assim, você cresce, você amadurece, você se apaixona por ideais que não são seus. Assim, quando você decide, o tempo já não esta mais a seu favor.

Três meses voaram e você se vê ali, a dias de ir embora, a dias de voltar pra sua realidade, pro seu destino. E você, que tinha a intenção de matar toda a saudade, agora sofre por antecipação pela saudade que sabe que vai sentir de todo mundo que conheceu.

De todas as ideias, de todos os conceitos, de toda pseudo rotina. E, por instantes, você decide ficar. Jogar tudo pro alto, só pra não perder denovo esses olhares tão aconchegantes como abraços. Esse sorriso, esse humor. Mas, isso passa. E você volta a realidade, a contar os dias que faltam pra você ir.
Parece injusto, mas foi algo que eu escolhi pra mim. Parece insensato, contraditório, mas não é. A sensação de dias contados, de perda, de saudade é o que me motiva a ir.

O fato de dar valor, a dias, a semanas, a momentos. Parece injusto, estranho, mas é .Vou sentir muito a sua falta. Vou sentir falta da sua imaturidade misturada com seu charme, da maneira como passa a mão na testa arrumando o cabelo com o indicador e polegar. Do jeito como seu rosto fica vermelho quando ta com calor, e do seu perfume, que toma todo o ambiente quando chega. Do seu sorriso, que tive tão poucas vezes ao meu lado, mas em que todas essas vezes me enxeu de sentimentos bons. 


De falar com você no msn, olhar pra cima do monitor e achar seus olhos lá, tímidos fixados na tela. De rir pra você me notar, andar pra você me notar, fazer você me notar. Te fazer se enxergar em mim. E mesmo sabendo que nada existiu, você foi a melhor coisa que jamais foi minha. E eu te proibo de me esquecer, te proibo de me perder, te proibo. E te proibo de ser tão contido.Na minha memória, o seu 'pra sempre', os nossos caminhos que trilham pra gente se ver, e meu reflexo pra sempre nas lentes dos seus óculos, né?

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